09 novembro 2005

Guerra Civíl

Encontrei no Canas & Senhorins um post sobre os recentes acontecimentos em França (e depois com a adaptação ao seu caso) bastante interessante:

Escumalha, Arruaceiros (e até Jagunços)

Lá para os lados do centro da velha Europa, jovens (Ou serão adolescentes? Ou serão crianças?) lançam o caos sob um pretexto que ninguém sabe muito bem qual é!...
Dizem que é a exclusão, a falta de emprego, a falta de respeito, etc…
Todos dizem que é preciso resolver o problema destas minorias (maiorias?), que eles já tinham dado sinais de descontentamento, que poderia desembocar em situações violentas… Enfim, toda a gente já sabia… Mas não fizeram nada!... Toda a gente achava que deveria ter havido uma qualquer intervenção nestas comunidades… Mas não fizeram nada!... E depois são escumalha e terroristas de Alá!... Agora é mais fácil corrigir os danos morais e materiais causados, agora é mais fácil unir os elos em ruptura… Agora é fácil chamar escumalha e considerar um caso de polícia…

Também aqui parece estarmos mais perante um caso político do que de polícia… Também não será mentira que alguns até são mesmo arruaceiros…
Não sei se haveria políticas que evitassem esta violência, mas o grave, foi não se tentar politica nenhuma, serem votados a um abandono ou estarem à espera que aos seus problemas caíssem de podre!... E até caíram… Bem em cima das cabeças dos políticos… O que é podre tem um ar desagradável cheira mal, mas também é um excelente adubo para se criarem novas árvores e novos frutos… O problema voltará!...

Se existe escumalha na sociedade, a escumalha também está na política, na justiça e em todos os outros sectores…
Se existem arruaceiros numa população ou grupo, os arruaceiros também estão nas Assembleias de deputados e demais arruaceiros políticos, juízes…
Todos temos algo de escumalha, todos temos algo de arruaceiros…
Vamos cair de podres? Ou vamos dar vida a ideais que se alimentam do nosso suco?

1 comentário:

Anónimo disse...

Esse "blog"? ( não é bem um blog, pois não?) que já por aqui citaste, espanta-me sempre. Deve ser o meu centralismo lisboeta que estranha aparecerem coisas tão sensatas de uma terra relactivamente pequena.
Mas é interessante, que sendo certo que o problema do desemprego pode estar no centro do problema, aqui pôe-se mais o problema do desemprego dos pais, não dos manifestantes. Pois se nos dizem que andam por lá putos de 14, 15, 16 anos, queriam que estivessem numa fábrica? Deviam estar na escola, sim senhor. E porque não estão?
Por outro nado, sem querer desmerecer a gravidade dos acontecimentos ( também não gostaria nada de ter o meu carro destruido ) a vrdade é que as imagens que nos mostram são sempre as mesmas, e ainda no outro dia uma reportagem frisou bem, que tinha sido mostrado à exaustão um bocado de rua com uns 100 metros...
Nessa reportagem, alguém lembrava a quem estivesse esquecido que são queimados em França por ano, 30.000 automóveis! Trinta mil! Claro que estes mil e tantos destas semanas vão dar uma boa ajuda aos números, mas é só para dizer que não é assim tão inédito...
Certo, é grave. Muito grave. mas exactamente por ser tão grave não é necessário empolar-se mais o problema.

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