26 março 2007

Grandes....

Queria comentar os resultados do concurso grandes portugueses, ..., mas será que devo ter medo de falar?!

Que grande ironia não acham? Ganhou o homem que "fez Portugal ter o maior crescimento económico de sempre"... muito bem,... desde que com isto o PM não se lembre de começar a matar os desempregados para baixar o índice de desemprego... ou que a ministra da Educação mande exilar todos os alunos com negativas a matemática para que as notas comecem a subir...

É claramente uma vitória da mobilização, eles andam aí e têm cada vez menos vergonha de aparecer, estão no seu direito de transmitir as suas opiniões por muito que discorde delas. Irónico não acham?

Ganhou uma figura incontornável da nossa história, disso não há a mais pequena dúvida, mas acaba por ganhar um título que lhe fica muito mal...

30 comentários:

Tomahock disse...

Os rumores foram que ele ganhou na 'primeira volta'!! E que era demasiado mau para ser verdade e a RTP lá alterou o concurso!

Eu não votei... Mas votava sem dúvida nos meus amigos Poetas... Embora estivesse um bocado indeciso entre o Alberto Caeiro e o Álvaro de Campos

cereja disse...

Eu não levei aquilo a sério. Por descargo de consciência, ainda me deu para ligar o número do Aristides, daqueles finalistas era o que me merecia um respeito mais 'puro' digamos assim. Mas tudo isto não teve pés nem cabeça, e devo confessar que não vi um único programa, nem o de ontem e só soube o resultado hoje pelo jornal.
Contudo é um pouco preocupante pela mobilização, porque é evidente, para mim, que não é representativo. Sou pessimista nalgumas coisas mas não tanto...

Anónimo disse...

É sem dúvida preocupante por ser sintomático mas não nos podemos esquecer que este é o resultado de um universo de 200.000 votantes. Sendo assim, os 41% atribuidos ao facinora homicida representam cerca de 82.000 "pobre diabos", qualquer coisa como 0,8% da nossa população, a mesma que nas ultimas legislativas elegeu, por maioria absoluta, um governo de centro-esquerda e que, segundo as sondagens, voltaria a fazer o mesmo se elas se repetissem hoje... De qualquer forma estou de acordo, este é sem duvida um triste resultado...
Farpas, só discordo quando dizes que estes "mesquinhos" "estão o seu direito de transmitir as suas opiniões por muito que discorde delas". Está previsto na nossa constituição. É PROIBIDA qualquer manifestação publica de apoio ao fascismo ou às suas figuras, em prol da segurança da nossa democracia.
Mais grave que esta "eleição" é sem duvida uma noticia hoje no publico que tem como titulo "Extrema-direita quer entrar nas secundárias e universidades", em
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1289381&idCanal=74
Isto sim é grave, MUITO GRAVE! Eles andam realmente aí e estão a perder a vergonha numa altura propicia ao surgimento de novas ditaduras e regimes extremistas, tanto cá como no resto da europa. Saiba-se um pouco da história do velho continente e percebemos imediatamente que todas surgiram em alturas de crise económica, disfarçadas sobre a promessa de valorizar o produto e identidade nacional...
Triste, muito triste... Pelo andar da carruagem ainda concretizo um sonho romantico de criança, o de me tornar guerrilheiro num país que necessita ser libertado! Enfim...
25 DE ABRIL SEMPRE! FASCISMO NUNCA MAIS!
Abraço

Cingab disse...

Fascismo nunca mais?... Portugal caminha a olhos visto para um regime análogo ao facismo!... Mas o problema é o passado????
Abram os olhos... Se quiserem!

Anónimo disse...

Oh Cingab, eu digo Fascismo nunca mais como uma afirmação pessoal e não como uma previsão. Tal como escrevi antes, considero esta exposição publica crescente da extrema direita muito preocupante. Ainda assim temos que ter em conta que se trata de uma minoria, ainda que bem organizada e galvanizada, alias como é habitual em organizações extremistas.
O problema não é o passado mas sim o facto de nunca, em 30 anos, o termos exorcizado. É um problema de educação omissa. Desde o 25 de Abril que o assunto parece ser tabú. Foi este silêncio que acabou por dar força e palavra ao ressurgimento da ideologia fascista, à semelhança do que aconteceu em Itália, por exemplo...
Dizes ainda que Portugal caminha a olhos vistos para um sistema análogo ao fascismo. Desculpa mas essa dá-me vontade de rir. Gostava que me provasses isso, onde vais buscar essa afirmação? Baseada em quê? Que conhecimento tens tu do fascismo? Em que medida comparas a nossa democracia com o Estado Novo de forma a formulares tal analogia?
A democracia é um mal menor, é certo. É falivel, é certo. Mas, ainda assim, é sem duvida o regime politico socialmente mais justo (Excepção feita ao utópico socialismo marxista). Muito terá de ser mudado e melhorado mas nunca poderemos equacionar um retrocesso!
Digo-o e repito-o - 25 DE ABRIL SEMPRE! FASCISMO NUNCA MAIS! - E se para tal fosse necessário, no futuro, fazer uma guerra armada, lá estaria eu, com muito orgulho, a estoirar as cabeças desses 0,8% de facinoras ignorantes.
Abraço

PS- Salazar e o estado novo foram apelidados de fascistas pelo seu excelente relacionamento com Mussolini e com a sua revolução das camisas pretas. Cá praticou-se uma forma diferente de totalitarismo, ainda assim muito semelhante à praticada pelo seu congénere italiano, cujas principais características são o totalitarismo, que subordina os interesses do indivíduo ao Estado e o nacionalismo, que tem a nação como forma suprema de desenvolvimento. Só assim já mete medo mas a história diz-nos ainda que aliado a isto surge sempre o endurecimento do regime, o cerceamento à liberdade civil e política e a aniquilação dos opositores ao mesmo. Agora diz-me lá, de que forma a nossa democracia se assemelha a isto?

Cingab disse...

A pergunta é para mim?
deve ser!...

Tenho umas teorias...
Comecemos pela Pide, agora substituída pela GNR e SIS... caso não saiba, quando se marcam manifestações os lideres são perseguidos, ameaçados, enganados... Depois o tribunais, o de contas e o constitucional... neste momento quem gere as autarquias e empresas públicas é o tribunal de contas... Há 15 anos mexer nos direitos dos trabalhadores era inconstitucional agora, sem nenhuma revisão nesses sentido, tudo já parece caber na constituição da República Portuguesa... Agências de notícias que só deixam trazer a público aquilo que os portugueses devem saber (salvam-se os blogues, é justo dizer)... Apesar de ser uma assunto sem sentido, imagine Santana Lopes considerar-se engenheiro sem o ser e ainda por cima com documentos estranhos no seu processo universitário? Os portugueses são uns heróis porque pagam a gasolina a mais de 60 escudos por litro que os espanhóis, porque pagam portagens, porque pagam IVA sobre o imposto automóvel e não há um tribunal que dê razão ao Zé Povinho (sabendo que é ilegal – Até a nível europeu – cobrar impostos sobre impostos)...
Fascista porque atiram a polícia contra quem põe a cabeça de fora e depois de dizerem o contrário...
Amigo... Eu cá tenho umas teorias... Prefiro ter medo dos canhões do que dos colarinhos!

Anónimo disse...

Caro Cingab, basta ler, ver e pensar...
A "PIDE/DGS - Polícia Internacional de Defesa do Estado / Direcção-Geral de Segurança" "exercia actividade em todo o território português no sentido de evitar dissidências nas organizações civis e militares, usando meios e métodos baseados nas técnicas alemãs aplicadas na Gestapo, considerada por muitos historiadores uma das policias mais eficientes de sempre. Justificava as suas actividades com o combate ao internacionalismo proletário e comunismo internacional. Em 24 de Setembro de 1969 a PIDE foi extinta por Marcello Caetano, sendo substituida pela Direcção-Geral de Segurança (DGS), que por sua vez foi extinta na sequência da Revolução dos Cravos em 25 de Abril de 1974.
Foi responsável por alguns crimes sangrentos, como o assassinato do militante do Partido Comunista Português (PCP) José Dias Coelho e do General Humberto Delgado. Este último foi atraído para uma emboscada, só possível pela introdução de informadores nas organizações que o general liderava ou na sua teia mais íntima de relações pessoais, ultrapassando mesmo as fronteiras nacionais (não só o crime foi cometido em território espanhol como os informadores se encontravam instalados no Brasil, na França e na Itália)." - "Esta organização tinha a seu cargo a protecção do regime contra qualquer ameça interna ou externa, e, para isso, perseguia, prendia e torturava os seus opositores: políticos, estudantes, operários, artistas, simples cidadãos que fossem acusados de conspirar contra o regime.
A PIDE era um instrumento político repressivo que servia para semear uma atmosfera de medo e desconfiança na população, que vivia no obscurantismo e na desinformação.
Esta polícia ficou conhecida por ter causado a morte a vários antifascistas, quer através de torturas, quer através do "simples" assassinato. A tortura era uma prática corrente para a PIDE. As mais comuns eram a tortura do sono e a da estátua (o preso tinha que ficar de pé, imóvel, durante horas e horas seguidas)." - Ambas estas torturas fizeram parte do dia a dia de um tio meu, preso durante 15 anos, até há pouco tempo membro do comité central do PCP. Portanto, meu caro amigo, tenha tento na lingua e não diga disparates! Todos os paises têm serviços de informação como é o caso do nosso SIS, tal não significa que se trate de um instrumento de opressão e tortura, quanto mais de extinção de opositores ideológicos ou politicos! Já o problema com a GNR prende-se com outros moldes, como por exemplo o facto de até há bem pouco tempo ser apenas necessário o 9º ano e serviço militar completo para a integrar. É assim, uma vez mais, um problema de falta de educação e preparação para lidar com um lugar de autoridade. Mas até isto tem vindo a mudar, aos poucos, é certo. Hoje já é necessário o 12º ano, serviço militar, um ano de preparação nas escolas da PSP/ GNR e testes de admição.
Quanto às manifestações, marquei muitas, liderei algumas, dei a cara, discursei e sabe que mais... Apenas estive detido uma vez, por algumas horas e pelo simples facto de me ter esquecido do B.I. em casa. Além disso nunca fui perseguido ou molestado de qualquer forma. Lembro-lhe que tenho 27 anos e nunca conheci outro regime que não o democrático, felizmente! Além de mim, conheci pessoalmente vários activistas politicos, organizadores de manifestações e nunca ouvi de nenhum deles qualquer insinuação ou afirmação de que estavam a ser perseguidos.
Quanto à gestão das autarquias e empresas públicas pelo tribunal de contas: Durante 20 anos estas entidades serviram para que muito boa gente enchesse o bolso, desrespeitando aquilo que é propriedade do estado, nossa propriedade! Por isso não me chateia nada que um orgão soberano tenha finalmente decidido regular o acesso aos dinheiros públicos e acabar com os inumeros emprestimos que estas entidades pediam à banca sem qualquer possibilidade de os pagar, endividando o estado em prol de pré-campanhas em fim de mandato com vista à re-eleição.
Quanto à inconstitucionalidade de mexer nos direitos dos trabalhadores dê-me casos especificos que o comprovem ou então não serve... Refere-se talvez à feliz decisão de regulamentar o objectivo e o produto do trabalho por parte do funcionário público? Algo que, por falta, nos levou a ter uma função publica incapaz e ineficaz? Cheia de trabalhadores não qualificados ue foram admitidos por cunha ou fraude em concurso público? Dê-me exemplos paupaveis que possamos discutir.
Engraçado o que diz sobre as agencias noticiosas... Fala de engenheiros que afinal não o são e de documentos incompletos ou estranhos no seu processo universitário. Lembre-se então que quem desenvolveu essa investigação foi o PUBLICO, diário à venda em todas as bancas e de livre acesso até online!
Garanto-lhe, como já lhe disse, que acho que nem tudo está bem, há muito a melhorar. É verdade que pagamos mais impostos (em percentagem) que os nossos vizinhos europeus. É verdade que o nosso sistema de saúde e de justiça é lento, burocrático e por vezes falha. Compreendo a frustração, a sua, a minha e a de todos mas por favor saiba distinguir as águas... De maneira alguma caminhamos para um novo fascismo ou totalitarismo. Quanto mais não seja porque podemos sempre tirá-los de lá (os politicos no poder). Nós ou o presidente da republica quando entende que o governo não tem condições para governar, como foi o caso do Santana Lopes com o presidente Sampaio.
Amigo... Eu tambem tenho teorias mas prefiro as que são baseadas em factos, a leviandade das palavras a quente induzem em erros graves. É importante manter um espirito critico e informado sobre tudo... E sinceramente tenho muito mais medo dos colarinhos que dos canhões.
Abraço

PS- Falei aqui da Gestapo e creio saber do que se trata. Acha que é por acaso que se assemelha essa policia politica alemã à extinta PIDE?
Pode recolher mais informações sobre a PIDE e o estado novo no Centro de Documentação 25 de Abril | Universidade de Coimbra, também disponivel online. Eu retirei de lá alguma informação que aqui plagiei para o seu conhecimento.

Farpas disse...

Muito interessante esta "discussão"!

Eu vou-vos deixar expressar os vossos pontos de vista à vontade já que o meu é conhecido por todos, mas acrescento que ainda pior que tudo isso são colarinhos com canhões, e essa visão enquadra-se muito no estado novo...

Cingab disse...

Amigo Tó...
Não me lixes...
Você está muito enganado em relação à GNR... Muito enganado!... Mexam vocês com as vergonhas dos políticos e vão ver como não aparecem pessoas estranhas nas manifestações!... Folgo em saber que já estiveste em manifestações, não conheço os motivos, mas só por isso já subiste 40% na minha consideração!... Mas eu também, ando em luta activa há 10 anos e também sei do que falo... Existem novas formas de tortura sabias?...
Eu sou favorável à mudança nas questões laborais, já o era no tempo do Bagão, sou-o agora! Principalmente na função pública, especificamente na sub-sector educação e até sou casado com uma professora... Contudo a Constituição é a mesma no tempo de outros senhores!...
O tribunal de contas é cada vez mais político... E não falo dos que metem ao bolso (porque isso é óbvio) mas, nas questões de gestão autárquica...
Sou provinciano, até culturalmente atrasado, mas deixei de ser há muito um anti-estado novo, e estar sempre com fantasmas do passado para justificar os nossos desvaneios... Há novas formas de tirania (por exemplo dos média), há novas formas de tortura (perseguição fiscal injustificada), há novos salazares, há novas Pides...
Amigo Tó,
Os provincianos, aqueles que ficam sem maternidades, sem urgências, sem escolas, se médicos, sem infraestruturas têm todo o direito de perguntar o óbvio:
Salazar deu-nos isso, a democracia tira-nos!...

miau disse...

Penso que está tudo dito...
Viva o aristides!!!

Anónimo disse...

Olá Cingab,
Esta conversa não nos levará a sitio algum... Como te digo, não acho que tudo esteja bem. A democracia está caduca, concordo. É permeavel à corrupção tal como são os regimes totalitarios, concordo. Muito terá de ser feito, refeito e revisto. Até aqui estamos de acordo. Eu sou um democrata por falta de melhor alternativa, não sou um fanático!
Agora o que eu não posso aceitar é que se faça uma analogia directa entre o que temos e o que tivemos!
Falas e bem, da presença de pessoas estranhas ou sinistras em manifestações de maior envergadura. É verdade, todos nós já as "topámos". Esses senhores(as) são observadores, tanto governamentais como partidários. O seu trabalho consiste em oscultar o verdadeiro motivo das manifestações. Sendo tu um activista, certamente sabes que as manifestações raramente são fruto da vontade, apenas e só, de grupos civis. São muito poucas, senão unicas, aquelas que não têm um poder politico a instigar por trás. Isto é normalissimo pois, em Portugal, os partidos são quem tem essa capacidade de mobilização. Ora os observadores aparecem exactamente para aferir da veracidade do protesto, para saber até que ponto se trata de um aproveitamento politico e quem está por trás... Lembro-me, por exemplo, de que o partido do qual fazia parte, enviava regularmente observadores a manifestações de outros para relatar sobre que força politica os motivava e apoiava. É uma prática corrente. Pode parecer sinistro mas não é. Não se trata de opressão mas sim de espionagem e contra-informação, no sentido pacifico da palavra. Trata-se de tentar perceber qual o próximo passo do adversário, como no futebol onde mandam olheiros observar os treinos e jogos dos adversários.
Quanto às tiranias de que falas. Eu trabalho junto dos media e nuca senti tal coisa, confesso... Muito menos junto dos operadores publicos. Nos privados existe realmente uma maior depuração da informação mas também não se pode esperar que estes sejam totalmente isentos. Eles vivem de investimentos privados e estes estão directamente relacionados com meios e modas politicas. Vê antes o telejornal da RTP.
Quanto à questão do que nos deu Salazar/ Estado Novo... Ele realmente construiu imensas escolas primárias. Em tudo o que era buraco lá estava a escolinha com dois pórticos e quatro janelas. Mas e depois... O acesso ao ensino secundário era limitado e ao superior só mesmo para alguns, muito poucos, os da casta. Aliás, segundo as palavras do próprio Salazar "um povo educado é ingovernável". Com isto percebemos bem a politica educativa do Estado Novo. Leiam e façam contas só para se governarem e deixem-se governar como nós entendemos. Ao contrário do que afirmas, o livre acesso à educação só aparece com Marcello Caetano, o homem que não teve tomates para levar avante as suas aspirações democratizantes, tendo esse processo o seu expoente maximo na democracia. Outro facto é a incortornável diminuição do analfabetismo pós 25 de Abril.
Quanto à saude é verdade que, durante os estado novo, foram construidos muitos hospitais mas é preciso ter em atenção que o principal financiador do mesmo foi a Santa Casa da Misericordia e não o estado! Para a construção e remodelação de vários centros hospitalares e de saúde, o estado contribuiu com cerca de 30% das verbas apenas. 40 e tal % da Santa Casa e o resto de outras entidades. No que diz respieto ao encerramento também não estou de acordo com todas mas reconheço que hoje, com as facilidades de acesso rápido existentes, poderemos dispensar alguns destes centros. Quanto a médicos, o problema não está na falata dos mesmo mas sim na sua falta de vontade para exercer no interior do país e desde já lhe garanto que tal não muda com incentivos fiscais ou remuneratórios para os mesmos. A classe médica em Portugal é demasiado elitista e vive em grande parte de aparencias sendo que não vêem de bom grado exercer a sua actividade fora dos grandes centros urbanos.
Outro factor que nos distancia do estado novo. Na década de oitenta, Portugal teve um expoente de desenvolvimento devido aos fundos europeus que aceitámos de bom grado, ainda que se possa dizer que nem sempre foram bem aproveitados, é certo. O mesmo não se dirá de Salazar que, no pós segunda guerra mundial, recusou os apoios do plano Marshall devido à sua arrogancia e crença no já decrépito sonho do V império. Como ele dizia "Orgulhosamente sós". Triste... Muito triste... E altamente provinciano!
Existe corrupção, existem fraudes, injustiças, negócios e actividades obscuras. Tudo isso existe e tem de ser combatido mas em momento algum aceito pensar que estamos em pior ou igual estado que aquele em que nos encontrávamos antes do 25 de Abril. A democracia foi em grande parte mal conduzida e dela muitos se aproveitaram mas pelo menos podemos sempre mudar.
Sinceramente não me lembro de nada que o estado novo nos tenha "dado" e que a democracia tenha "roubado" sem dar algo em troca ou com um propósito válido.
Abraço

PS-In Wikipedia:
Principais características do Regime
Tal como outros regimes autoritários da época, o Estado Novo possuia um lema para mostrar resumidamente a sua ideologia e doutrina;
O autoritarismo português limitava-se pelo Direito e pela Moral católica, por isso o regime não era totalitário;
Era contra o liberalismo político, apesar da existência de uma Assembleia Nacional (função legislativa) e de uma Câmara Corporativa (função meramente consultiva) com alguma liberdade de palavra, mas representando apenas os sectores apoiantes do regime, organizados na União Nacional (partido único fundada por Salazar em 1931 e apoiante do Estado Novo) que Caetano mudará em Acção Nacional Popular (com excepção do curto período em que nela esteve integrada uma Ala Liberal, numa fase crítica de fim do regime); a unanimidade será a tónica destes órgãos visto que são compostos por apoiantes do regime e partidários da União Nacional;
Neste regime, o Governo tem o poder executivo e legislativo (o Governo pde decretar decretos-leis que sobrepõe as leis aprovadas pela Assembleia Nacional), e por sua vez os poderes do Governo estão fortemente centralizados e reforçados nas mãos do Presidente do Conselho dos Ministros (Chefe do Governo) visto que era ele que decidia os destinos da Nação; o Presidente da República tem funções meramente cerimoniais e ele tem o poder de escolher e demitir o Presidente do Conselho dos Ministros, mas este poder nunca foi utilizado visto que o cargo de Presidente era sempre ocupado por um partidário da União Nacional e apoiante do Presidente do Conselho dos Ministros;
O culto do Chefe, Salazar (e depois, sem grande êxito, Marcello Caetano), é representado como um chefe paternal, de falas mansas mas austero, eremita "casado com a Nação", sem as poses bombásticas e militaristas dos seus congéneres Francisco Franco, Mussolini ou Hitler; Salazar é muitas vezes mencionado como o "Ungido de Deus", "Salvador da Pátria" ou "Redentor da Nação";
Uma ideologia com forte componente católica, associando-se o regime à Igreja Católica através da Concordata entre a Santa Sé e Portugal, em 1940 (revista em 1975 e finalmente substituída pela Concordata entre a Santa Sé e Portugal, em 2004); esta concordata concede vastos privilégios à Igreja, bem diferente do paganismo hitleriano;
Um serviço de censura prévia às publicações periódicas, emissões de rádio e de televisão, e de fiscalização de publicações não periódicas nacionais e estrangeiras, protegendo permanentemente a doutrina e ideologia do Estado Novo e defendendo a moral e os bons costumes;
O regime apoia-se na propaganda política (fundando o Secretariado de Propaganda Nacional, a SPN) para difundir os bons costumes, a doutrina e a ideologia defendida pelo Estado Novo;
Apoia-se nas organizações juvenis (Mocidade Portuguesa) para ensinar aos jovens a ideologia defendida pelo regime e ensiná-los a obedecer e a respeitar o "Chefe";
Uma polícia política repressiva (conhecida por PIDE), omnipresente e detentora de grande poder, que reprime de acordo com critérios de selectividade, nunca se responsabilizando por crimes de massas, ao contrário das suas congéneres italiana e especialmente alemã; a PIDE semeia o terror, o medo e o silêncio na sociedade, protegendo o regime da oposição e os opositores eram interrogados, torturados e levados em prisões (ex: Prisão de Peniche e Prisão de Caxias) e campos de concentração (ex: Tarrafal);
Além da PIDE, o regime apoia-se também nas organizações paramilitares (Legião Portuguesa) para proteger o regime das ideologias oposicionistas, principalmente o comunismo.
Um discurso e uma prática anticomunistas, tanto na ordem interna como na externa, que leva o regime a combater o comunismo e a aliar-se ao lado dos E.U.A, durante a Guerra Fria, juntando-se à NATO, em 1949;
O sistema educacional é controlado pelo regime (uma educação nacionalista e ideológica) e centra-se na exaltação dos valores nacionais (ex: o passado histórico, o grande Império Colonial Português, a religião, a tradição, os costumes...), no ensinamento e difusão da ideologia estatal aos jovens; teme as pessoas com correntes políticas diferentes que têm um nível educacional alto;
Um projecto nacionalista e colonial que pretende manter à sombra da bandeira portuguesa vastos territórios dispersos por vários continentes, "do Minho a Timor", mas rejeitando a ideia da conquista de novos territórios (ao contrário do expansionismo do Eixo) e que é mesmo vítima da política de conquista alheia (caso de Timor) e no qual radica a manutenção de uma longa guerra colonial começada em 1961, uma das causas do desgaste e queda do regime, para proteger os seus territórios;
O regime era extremamente cauteloso nas relações diplomáticas, principalmente durante a década 30 e 40, que leva Salazar, por um lado, a assinar um pacto com a vizinha Espanha franquista e anti-comunista e, por outro, a hesitar longamente entre o Eixo (compostos por ditaduras) e os Aliados (compostos por democracias e pela União Soviética, um regime comunista) durante a Segunda Guerra Mundial;
Uma economia capitalista controlada e regulada por cartéis constituídos e supervisionados pelo Governo, detentores de grandes privilégios, conservadores, receosa da inovação e do desenvolvimento, que só admitirá a abertura da economia e a entrada regulada de capitais estrangeiros numa fase tardia da história do regime, na década de 50;
O regime era muito conservador, tentando controlar o processo da modernização do País e a globalização porque Salazar teme que estes dois fenómenos, se não fossem controlados, iriam destruir os valores religiosos, culturais e rurais da Nação. Este medo à modernização e globalização contribuiram, infelizmente, para o atraso geral de Portugal, principalmente nas áreas de ciências, de tecnologia e de cultura;
O regime, devido sobretudo ao carácter conservador e algumas vezes arrogante de Salazar, teimava e prevenia a sua evolução, optando por se isolar quando sujeito a pressões externas que o exigem mudar, e somente nos seus últimos anos, durante o período de Marcello Caetano, é que experimentou uma renovação "liberal", mas fracassada;
Uma forte tutela sobre o movimento sindical, proibindo todos os sindicatos e procurando organizar os operários e os patrões de cada profissão em corporações, organizações controladas pelo Estado que pretendem conciliar harmoniosamente os interesses do operariado e do patronato, previnindo assim a luta de classes e a agitação social e protegendo os interesses da Nação (objectivo principal do regime).

ilha_man disse...

Mais irónico é um ditador ter ganho umas "votações"!!!

ilha_man disse...

Mais irónico é um ditador ter ganho umas "votações" em democracia...não digam que nós não temos jeito para a piada :)

Cingab disse...

Tó,
já não tenho dúvidas, não vivemos no mesmo país!...

Ilha_man
A opinião do povo português (mais ou menos científica) dá a vitória a D. Afonso Henriques!...

ilha_man disse...

Cingab, acabei de dar uma vista de olhos pelos resultados da Eurosondagem e realmente quem ganha é D. Afonso Henriques. A conclusão dos resultados tb dava uma discussão sobre o ensino de História em Portugal devido à diferença de votos entre as classes etárias. Já a diferença entre regiões é a "velha" diferença entre o sul de esquerda e o norte conservador e católico.

Cingab disse...

Ah! e já agora a diferença entre os culuralmente atrasado e evoluídos também de nota? lol
lol :P

ilha_man disse...

não, pq em Portugal o acesso à cultura é homogéneo...quem vive em Sarilhos de Baixo tem tanto acesso a ela como quem vive no Porto ou em Lisboa...

Farpas disse...

ROTFLOL!!

Anónimo disse...

Boa noite Cingab,
Vi agora algo que devias ver... Depois disso já podias começar a pensar em ti de outra forma que não o "culturalmente atrasado". Passou agora, na RTP, um bom trabalho sociológico sobre o "antes" e "depois" em Portugal, traçando uma analogia directa entre o país e o povo que tinhamos nos anos 60 e agora. Chama-se "Portugal, um retrato social" e realmente acho que era bastante importante veres e reflectires... Talvez o país em que tu vivas é que não seja bem aquele que imaginas. Se não conseguires ver o documentário faz um esforço e vê a "Grande Entrevista" na quinta feira à noite na RTP com o sociólogo António Barreto (autor do trabalho).
Abraço

PS- Abre os olhos, analisa, depura informação, certifica-te, procura factos e não recorras a pensamentos fáceis e próprios de quem se sente frustrado com o nosso corrente nível/estilo de vida.

Por exemplo, soube através deste mesmo documentário (elaborado por alguém que nem tu, nem eu, temos o direito de questionar) que o nosso sistema de saude só passou a abranger todo o territorio em 1975. Foi tambem só por essa altura que surgiu um verdadeiro sistema de segurança social disponivel para todos. Por exemplo, nos anos 60, apenas 5% dos partos eram medicamente assistidos, hoje são 90%!!! Isto entre outras (muitas) coisas, é significativo!

Cingab disse...

@Ilha_man...
Isso não é, de todo, verdade... Podemos dizer que as culturas completam-se... Agora que em sarilhos de baixo estão em igualdade com os do Porto ou Lisboa!...

Cingab disse...

@Tó,
Não vivi, mas conheço... No interior do pais uma familia de 7 pessoas comia uma sardinha... Hoje uma pessoa come 7 sardinhas...
Nesses tempos, vendia-se meio pão! Em que a rapaziada jogada à bola, de trapos, descalço!... Em que havia apenas uma bicicleta em Canas de Senhorim!... E?...
Evoluímos muito principalmente quando esteve o actual presidente da república no governo...
Mais uma vez, o amigo cola-me a movimentos do qual eu não pertenço...
Quanto a António Barreto... Bem, talvez seja melhor não dizer nada já que parece que já o pôs nos píncaros da lua, e poderia ofendê-lo, isso é que eu não quero!...

Farpas disse...

Desculpem lá interromper a conversa mas deves estar a gozar comigo!!! "Evoluímos muito principalmente quando esteve o actual presidente da república no governo" , realmente não há dúvida, se estamos onde estamos e como estamos, a ele o devemos em grande parte, a ele e às suas grande ideias de aplicação de fundos comunitários a troco de cedências, já para não falar em tudo o que essa personagem fez por Canas, em todas as cargas policias que eram hábito no seu mandato contra tudo o que ousava manifestar-se... enfim, viva o desenvolvimento!

Anónimo disse...

Boa Farpas, não há nada como a memória!
O Cavaco Silva teve a sorte de, nos seus mandatos, enquanto primeiro ministro, ter beneficiado dos subsidios da união europeia. Os mesmo que anteriormente referi como, em grande parte, mal empregues. A unica coisa que lhe podemos agradecer foi ter melhorado substancialmente a rede de acessos rodoviarios. Já a atribuição de verbas para o desenvolvimento industrial e rural foi um desastre! Estes não careceram de projecto de investimento prévio e muitos foram aqueles que os transformaram em bens pessoais.
Quanto a Antonio Barreto, não sou eu que o ponho nos píncaros mas sim o seu trabalho e reconhecimento público como um dos maiores sociólogos portugueses dos nossos tempos.

António Miguel de Morais Barreto (Porto, 30 de Outubro de 1942) é um sociólogo e cronista português. Foi Ministro da Agricultura e Pescas do I Governo Constitucional (1976-1978), liderado por Mário Soares. Actualmente é investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Bibliografia recente:

-Os silêncios do regime: ensaios, Lisboa: Estampa, 1992
-A situação social em Portugal (org.), Lisboa: Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 1996-2000. (2 Vols. Vol 1: 1960-1995. Vol 2: 1960-1999: indicadores sociais em Portugal e na União Europeia)
-Tempo de mudança, Lisboa: Relógio d'Água, 1996
-Sem emenda, Lisboa: Relógio d'Água, 1997
-Regionalização: sim ou não (org.), Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1998
-Uma década: retratos da semana 1991-99, Lisboa: Relógio d'Água, 1999
-Crises da justiça? A justiça em crise (org.), Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2000
-Tempo de incerteza, Lisboa: Relógio d'Água, 2002
-Novos retratos do meu país: 1999-2003, Lisboa: Relógio d'Água, 2003
-Globalização e migrações (org.), Lisboa: Instituto de Ciências Sociais, 2005

Esta informação está também disponivel na wikipedia mas se inserires o nome no google podes ver que isto é apenas um pequeno resumo entre muitas outras obras que assinou e premios com os quais foi galardoado.

É interessante ver como o teu discurso vai mudando com a discussão e a tua falta obvia de argumentos para contestar os factos. Agora, segundo as tuas palavras, afinal estamos melhores... Mas devemos a melhora ao Cavaco! LOL!

Abraço

Cingab disse...

Ui... Ui... Agora ofende!
Lol
Desçam lá do pedestal e ponham os pés na terra!...
Portugal está melhor que há 50 anos atrás... Bem melhor diga-se! Mas, está pior que há 15!...
A democracia está a deteriorar-se, vivemos a ditadura do dinheiro!
Não mudo de opinião e tenho muitos argumentos... Podia “atirar-lhe” com alguns estudos de Boaventura de Sousa Santos (p. ex)...
Por muito que custe (e custa) Cavaco Silva foi o melhor 1º ministro do último século, algo me diz que Sócrates lhe vai tirar o lugar (na minha opinião) mas, daqui a uns anos concluirei!
Podes não concordar com escolas primárias em lugarejos sem importância, mas eu importo-me... Custa-me ver freguesias com 53 alunos na primária (com um potencial daqui a dois anos de 92) ficar sem nenhuma escola e serem obrigados a ir para fora, ainda por cima com o sentença estatal de INEGOCIÁVEL... Se bem que Salazar tivesse outros interesses bem mais tenebrosos que o ensino das criancinhas, as infraestrutura ficaram e uniram os povos (e até tínhamos os regedores :P)...
Além de mais eu ainda não critiquei o sr. Sociólogo que defendes com unhas e dentes!...
@Farpas,
Ao teu meter de colher apenas uma frase: “Tenho mais medo dos colarinhos do que dos canhões”!...
Mas, se sentem assim, fico feliz por vocês, como amigo!...

PS: pena é não agradecer pe a Autoeuropa, a remodelação das escolas secundárias, os novos hospitais, as novas universidades e cursos (caso não se lembrem o 25 de abril do ensino superior aconteceu na sua era)... entre muitas outras coisas... Também a estradas, o mais importante (se calhar custa a muita gente os parolos iram à cidade - era melhor voltar a cortar as estradas)

Anónimo disse...

Manuel Alegre acerca do Governo de Cavaco Silva. E com NUMEROS que são bem mais ilucidativos que opiniões...

"- Apenas sei pelas palavras do seu Ex-Ministro Valente de Oliveira que Cavaco Silva conhece tudo, sabe tudo, que é um Iluminado.
- Além do mais é importante não esquecer que Cavaco Silva não foi Ministro das Finanças de 1978 a 1980.
Que igualmente não foi Primeiro-Ministro entre 1985 e 1995.
- O Governo do Primeiro-Ministro de 1985 a 1995 recebeu milhares de milhões de euros para a Agricultura. Onde estão?
Sabemos apenas que 93% destes milhares de milhões de euros foram recebidos por 163 pessoas e que os restantes 7% pelas centenas de milhares de médios agricultores.
Não é difícil entender porque razão o Alentejo tem mais viaturas por habitante que a Alemanha, de valor superior a € 100,000,00 (cem mil euros).
- Igualmente não é difícil entender as contas bancárias em Offshore de beneficiários desses fundos.
- Foi nos anos 1985-1995 que foram privatizadas as maiores empresas nacionais expurgadas de dívidas antes da privatização e os seus trabalhadores, na sua maioria, reformados antecipadamente.
E onde se concentra hoje o grande capital gerado por essas empresas?
Em bancos e grandes grupos económicos propriedade maioritariamente de Ministros, Secretários de Estado e Assessores de quem foi Primeiro-Ministro entre 1985-1995.
- Apesar desta overdose de entrada de fundos em Portugal no período que decorreu entre 1985 e 1995 o défice orçamental, quando o Primeiro-Ministro saiu, andava entre os 6,5% e 7,5%.
- Em síntese, o Professor Cavaco Silva no período que decorreu entre 1985 e 1995 não foi Primeiro-Ministro de Portugal. Encontrava-se no Burkina-Faso a preparar a sua entrada triunfal em Portugal como Salvador da Pátria, e a denunciar a incompetência de todos os governos, nomeadamente o presidido por um primeiro-ministro chamado Aníbal Silva no período que decorreu entre 1985-1995"

Por Miguel Cadilhe, antigo Ministro das Finanças do Governo do Dr. Cavaco Silva.
"Cavaco Silva é como um eucalipto, que provoca aridez à sua volta"

Pela Lusotopia (Carlos Fontes)
"Cavaco Silva (1986 -1995)
Governo do PSD. O PSD, chefiado por Cavaco Silva obtém uma maioria relativa a 6 de Novembro de 1985, e depois uma maioria absoluta a 31 de Outubro de 1991. A entrada de Portugal na CEE (actual União Europeia) a 1 de Janeiro de 1986 marcou um ponto de viragem no país. A abertura ao exterior, mas também a entrada de importantes ajudas económicas para a modernização deram um forte contributo para esta mudança. Deu-se início a um vasto programa de construção de infra-estruturas, nomeadamente de vias de comunicação. Começou um novo ciclo de importantes investimentos estrangeiros, nomeadamente nos sectores de mão-de-obra intensiva (confecções, etc). A mão-de-obra barata era um importante factor competitivo. Assistiu-se à descida da inflação e das taxas de desemprego. Início do processo de privatização das empresas públicas e fim da "reforma agrária" no Alentejo.

No ensino procedeu-se a um liberação do ensino superior, ainda longe de estar concluída, devido a entraves corporativos das diversas ordens profissionais (médicos, etc).

As grandes reformas do Estado são sucessivamente adiadas. O número de funcionários públicos não pára de aumentar, criando-se no seu interior inúmeros corpos privilegiados (estatutos especiais). O desperdício da administração pública começou a absorver enormes recursos do país. Cavaco deixa o governo, em 1995, numa altura que o desemprego começa a subir e se fazem sentir as deficiências estruturais de um Estado perdulário.

Entre as obras ou iniciativas emblemáticas deste governo, conta-se o Centro Cultural de Belém (1992), aquisição de Serralves (Porto) e as iniciativas "Lisboa Capital da Cultura Europeia" (1994) e Expo 98. No plano das acessibilidades regista-se a conclusão da auto-estrada Lisboa-Porto.

A entrada na CEE trás ao país um novo alento e novas exigências. Os indicadores do país, em termos económicos, sociais e culturais são agora comparados com os dos países mais desenvolvidos da CEE (actual UE)."

Ainda a titulo de exemplo na má gestão "cavaquista" que o CCB, orçamentado em 6 milhões de euros, custou 40 milhões!!!

Há mais mas eu agora não tenho tempo, abraço

ilha_man disse...

Cinbag

Estava a ser irónico, espero que tenhas percebido .)

Cingab disse...

Claro!... Não me senti ofemdido com ninguém... puxem por mim!... Só tenho pena de não poder pesquizar mais comentários

Anónimo disse...

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