28 maio 2007

Adopção Homossexual

Esta semana, em contexto de formação, vou moderar um debate sobre "Adopção por homossexuais". Confesso que não me sinto muito à vontade com esta situação de moderar um debate no qual tenho uma posição bastante definida... faz parte das regras não poder mostrar grande parcialidade coisa que, quem me conhece sabe, é bastante difícil para mim porque posso ter de ouvir certas barbaridades que me vão deixar com um nó na garganta e com a resposta pronta para disparar... Por isso decidi que seria bom fazer aqui um "ensaio" :D

Lanço-vos o desafio:
"O que pensam da adopção de crianças por casais homossexuais?"

Quais os vossos argumentos a favor e contra?

20 comentários:

Anónimo disse...

Uma criança precisa de ser amada daí que na minha opinião, numa relação de casais do mesmo sexo homens ou mulheres, são iguais a um casal de homem/mulher. A homosexualidade não é nenhuma doença transmissível pelo que penso que uma criança precisa de ser educada com amor e carinho seja por dois pais ou duas mães.

neva disse...

primeiro acho que é importante definir o conceito de familia, pq se vamos pelo conceito culturarl, dizemos que a familia tem pai e mãe, mas como o mundo muda e o que era já não é, então tenho a dizer que há muitas crianças a serem criadas por um só pai ou uma só mãe e são pessoas felizes, No meu entender o carinho a educação, os valores as bases de uma pessoa são dadas por quem está perto de nós e isso só pode ser dado em pleno por uma família que tenha entrega total a essa criança. por isso se me disserem 2 pais ou 2 mães eu acho preferível a um pai e uma mãe que não querem muitas vezes saber das crianças e as deixam crescer quase ao sabor da maré.

Anónimo disse...

Bela questão...
A meu ver a solução é quase matemática. As nossas instituições de adopção de menores estão "ao barrote" e nestas as crianças não dispõem de toda a atenção, carinho e aconselhamento que lhes é devido. Assim sendo, acreditando que o essencial é a criança se sentir estimada, estou plenamente de acordo com a adopção por parte de casais homossexuais.
Obviamente que aguns puristas dirão, e bem, que uma criança necessita de um exemplo masculino e outro feminino na sua educação. Mas a verdade é que camaratas cheias de miudos, orientadas por padres ou assistentes sociais, não preenchem eta lacuna. Então mais vale dar-lhes o outro lado vital para o seu desenvolvimento, a atenção, o carinho e o aconselhamento. Mais vale um passaro na mão que dois a voar, é simples.

Abraço

PS- Claro que o nosso amigo Cingab virá apimentar a discussão. Aguardo ansiosamente, haha.

Anónimo disse...

À partida, absolutamente nada a opor, desde que sejam, como os restantes casais, uniões estáveis, serenas, com segurança emocional e financeira suficiente (não quer dizer que sejam ricos, obviamente) e, se possível, boa relação com a família alargada, que também é importante para a criança.

Duas notas, no entanto. Em primeiro lugar, para dizer que as nossas instituições estão cheias de crianças, não por falta de casais adoptantes, mas porque os nossos juízes passam anos e anos a dar oportunidades a pais biológicos irrecuperáveis. Em segundo lugar, para dizer que me parece que, em igualdade de circunstâncias, talvez fosse preferível optar por um casal heterosexual, não só pela questão social, mas, principalmente, pelos dois modelos (masculino e feminino) que estarão assim, mais presentes e próximos na vida da criança.

Não será por falta de crianças que um casal, seja qual for, ficará sem filhos. Basta que se disponham a fazer o que os outros não fazem, que é dar uma casa aos meninos demasiado "velhos", problemáticos ou com a cor de pele errada.

Cingab disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cingab disse...

Claro que sim amigo tó, claro que sim!...
A homossexualidade não me diz nada!... É-me completamente indiferente...
Para mim a homossexualidade é um desvio de comportamento natural, se bem que já há estudos que encontraram homossexualidade em mamíferos muito próximo dos humanos, nos macacos por exemplo!... Mas, palavra de honra, que não que causa qualquer problema... A título de exemplo, chateia-me mais a existência de caçadores ou fumadores que homossexuais... E a caça até faz parte da nossa herança ancestral...
A adopção de crianças por casais, ou mesmo por uma só pessoa homossexual é nos dias que correm uma necessidade... Se houvessem poucas crianças para adoptar teria lógica escolher um casal onde existisse pai e mãe, com um ambiente familiar dito normal... Porque não também irmãos, avós, tios e primos?
Se calhar numa lógica de mal o menos, é de longe melhor colocar crianças, que sejam considerados filhos e amados como tal, em ambientes homossexuais, que estarem enlatados em instituições ou sujeitos a maus tratos das famílias biológicas...
Mas, em relação ao lobby homossexual português já tenho uma outra opinião... Nem é por serem homossexuais, mas sim por serem lobby's vermelhuscos...
nota: onde se lê homossexuais pode também ler-se lésbicas, dizem que há diferenças, apesar de para mim ser a mesma coisa

Espirito da Lua disse...

Gostei do blog é muito giro parabens;)

Anónimo disse...

nem todos os benfiquistas são homossexuais cingab

Cingab disse...

"vermelhusco"=comunista=marxista=bloquista=PCTP/MRPP

Anónimo disse...

Dahhh eu percebi! Mas olha que há muitos meninos do PP, alguns até com importância, que olhariam mais para ti do que para mim!

Anónimo disse...

Cingab,

Eu gostava de saber o que sabes tu do lobby gay em Portugal... Olha que no meu meio trabalho diariamente com vários homossexuais e, embora reconheça que eles se defendem, o que é legitimo, não consigo identificar um lobby assim tão influente quanto isso.
Quanto a Vermelhuscos acho que estás tremendamente errado. A homossexualidade é uma realidade que ultrapassa qualquer orientação politica. É obvio que aqueles associados a partidos de "esquerda" se sentem mais à vontade para exprimir publicamente as suas tendencias pois não se sentem recriminados publicamente pelas mesmas.
Por ultimo, tal como se poderá identificar um potencial lobby gay, também teremos que denunciar os lobbies homofóbicos, razão pela qual os homossexuais tendem a defender-se entre si.

Abraço

Cingab disse...

Tó,
pronto, vá lá, essa dos vermelhuscos era uma tentativa de humor...
E longe de mim, ligar a homosexualidade à esquerda... mas é a esquerda que ainda a vai defendendo, ao contrário da direita, muito mais hipócrita...
E para concluir isso não é preciso lêr muito...

cereja disse...

Afinal a tua sondagem foi toda no mesmo sentido. É que os argumentos «contra» toda a gente os conhece - a falta de um elemento de outro género para 'identificação'. Contudo, no momento actual onde as famílias monoparentais aparecem por todo o lado, onde é que está o tal «outro género»??? Quanto a carinho, ternura ou amor, coiss que são básicas para educar uma criança, isso não é apanágio da orientação sexual seja de quem for...

Farpas disse...

Vou-vos fazer um pequeno resumo do que se passou:

- Conceitos incutidos na sociedade como "pai", "mãe", e principalmente "família" são conceitos antigos baseados numa cultura onde não há espaço para os homossexuais.

- a homossexualidade é aceite por todos desde que sem exuberâncias, o nível de exuberância ou melhor o aparelho medidor o "exuberânçometro" não foi calibrado, sendo que se continua a fazer uma grande distinção entre o que pode fazer um casal homossexual e um casal heterossexual em público, levando-nos a concluir que afinal a aceitação não é assim tanta.

- A criança deve ser posta em primeiro lugar, o seu bem estar, no caso de haver adopção por parte de homossexuais os assistentes sociais deverão ter um cuidado ainda maior na avaliação das condições que existem para a criança, mais uma vez fica provada a diferença...

- Todas as pessoas presentes aceitam a homossexualidade mas não colocam ao mesmo nível de capacidade, organização e estabilidade relações homossexuais e heterossexuais

...

Quanto a mim confirmou-se que é bastante difícil não ser parcial sobre assuntos sobre os quais já temos uma opinião pré-definida, no entanto disseram-me que sou um bom manipulador de conversa (já me tinham dito isto não é "Maria", mas nunca na positiva LOL!)

Cingab disse...

Mas que raio de formação andas a fazer?

Cingab disse...

Tó,
ando a tentar perceber a extrema esquerda portuguesa, por cauda de ti... Mas há uma coisa que não entendi no BE... Porque raio essa agremiação política tem marxistas e anti-marxistas????

Anónimo disse...

Olá Cingab,

Primeiro deixa-me dizer-te que para estudares a extrema esquerda vens bater à porta errada. conheço vários simpatizantes mas não me identifico com nenhum nem com as suas tendencias politicas extremistas, sejam elas maoistas, estalinistas, leninistas ou trotskistas.
Quanto à segunda questão é preciso perceber que o Bloco é a junção de dois anteriores partidos muito distintos. De um lado tinhamos a UDP onde perfilava a extrema esquerda, principalmente trotskista. Do outro tinhamos os liberais (quase anarcas) do PSR, que não acreditam no marxismo e até o abominam.
Existe ainda um terceiro factor. Actualmente o BE é a plataforma mais à esquerda com assento parlamentar, por isso não é de estranhar que a extrema esquerda os apoie nas urnas, à excepção dos leninistas e estalinistas que os abominam! O mesmo acontece com quem vota CDS-PP, sendo que muitos deles são de extrema direita.
Por fim e para ser correcto, é preciso dizer que não conheço muito bem o BE. Conheço alguma da sua história e orientação politica mas nunca lá militei e não devo ser a pessoa mais indicada para opinar sobre o assunto.

Abraço

Cingab disse...

O BE é bem mais que o PSR e UDP... Tem também o PXXI... e a FER!...
só lhe perguntei para ser mais culto... de maoísmo ainda não li nada!...

Anónimo disse...

Cingab,

Eu nunca disse que o BE era apenas a UDP e o PSR. O que eu disse foi que o partido nasceu da junção desses dois. Tal como disse antes, sendo o partido mais à "esquerda" com assento parlamentar, reúne o apoio de vários outros grupos e minorias, muitos deles com orientações politicas até bastante diferentes.
Quanto ao maoismo vale a pena ler, é um exemplo do quão pode ser distorcido o idela marxista.

Abraço

Anónimo disse...

A homossexualidade existe desde sempre, numas datas ouve-se falar mais de que outras, mas sempre existiu. Mas apesar de já ter milénios a sociedade em geral ainda não aceita muito bem este modo de vida, criticando e tentando de todos os modos procurarem a razão para esta escolha.
Se já criticavam dois homens ou duas mulheres beijarem-se, morarem juntos ou até em alguns países casarem-se agora surgiu um novo tema de conversa: a adopção de crianças a casais homossexuais.
- Será ou não correcto um casal gay adoptar uma criança?
- Qual será a diferença?
- A criança irá também seguir a mesma orientação sexual?
- Será um seio familiar estável?

Tem-se colocado uma nova questão em relação se é ou não correcto um casal homossexual criar uma criança. A sociedade acha que não, afirmando que um casal nestas condições prejudica psicologicamente uma criança, dizendo que esta crescerá confusa e pondo a hipótese de vir a ser também homossexual. A sociedade ainda não se encontra preparada para aceitar casais homossexuais nem tão pouco para aceitarem uma criança com pais com a mesma orientação sexual. A maioria das crianças é educada num seio familiar em que haja um pai e uma mãe, e quando encontram crianças que não se encontram nessas mesmas condições retraem-se e por vezes acabam por gozar com a situação.
Mas como surgiram então os homossexuais? Pois visto pelo lado da legalidade até hoje todas as crianças tiveram o seu desenvolvimento ora junto a famílias heterossexuais ou monoparentais, portanto surgiram nas famílias ditas “normais” ou aceites pela sociedade em geral, e nem por isso a sociedade pôs alguma vez em causa os pais cujos filhos criados por eles viessem um dia mais tarde a tornarem-se homossexuais. Assim como ainda não existem (legalmente) crianças educadas por casais homossexuais, não existem termos de comparação para chegar a uma conclusão mais pormenorizada à cerca desta nova possibilidade. Visto isto, penso que se deveria a pouco e pouco e controladamente abrir as portas às famílias homossexuais, para que estas venham também a ter os mesmos direitos que as outras famílias ditas “normais” têm no que respeita à educação de crianças.


Acabei de fazer parte do meu trabalho de psicologia...espero conseguir uma boa nota km a minha opinião

bjx

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