a memória não apaga...
Que tenhas morrido é ainda uma notícia
Desencontrada e longínqua e não a entendo bem
Quando - pela última vez - bateste à porta da casa e te sentaste à mesa
Trazias contigo como sempre alvoroço e início
Tudo se passou em planos e projectos
E ninguém poderia pensar em despedida
Mas sempre trouxeste contigo o desconexo
De um viver que nos funda e nos renega
- Poderei procurar o reencontro verso a verso
E buscar - como oferta - a infância antiga
(...)
Buscarei como oferta a infância antiga
Que mesmo tão distante e tão perdida
Guarda em si a semente que renasce
Desencontrada e longínqua e não a entendo bem
Quando - pela última vez - bateste à porta da casa e te sentaste à mesa
Trazias contigo como sempre alvoroço e início
Tudo se passou em planos e projectos
E ninguém poderia pensar em despedida
Mas sempre trouxeste contigo o desconexo
De um viver que nos funda e nos renega
- Poderei procurar o reencontro verso a verso
E buscar - como oferta - a infância antiga
(...)
Buscarei como oferta a infância antiga
Que mesmo tão distante e tão perdida
Guarda em si a semente que renasce
Sophia de Mello Breyner Andresen
5 comentários:
Perante palavras como estas, pouco se acrescenta em letras que tudo dizem nas frases lidas por entre vazios que carregam mensagens maiores...
Nada morre, enquanto estiver presente dentro de nós!
Penso tal como a Miau.
As pessoas de quem gostamos só desaparecem de facto quando as esquecemos.
Mais nada.
Muito bela esta tua homenagem.
A tua sensibilidade, herdada ou não,implica com que o médico qualquer dia me proíba de ler o teu blogge.
Podes ter a certeza, que onde ele está, e o lugar é bom de certeza, está com o pensamento em ti.
pois
A foto está bonita...
E aqui temos um soltas 2...
Abraços
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